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Vale a pena investir em mídias sociais?


Não há como negar o boom e o impacto das redes sociais no mundo e na forma como as pessoas se relacionam, compartilham informações e, até mesmo, como fazem negócios. Afinal, o crescimento tem atraído atenção de empresas, que, ao perceberem a força dessas mídias, voltaram seus holofotes com dois objetivos principais: mensurar o retorno do cliente e buscar maior rentabilidade.

Porém, antes de qualquer planejamento ou investimento as companhias precisam entender a dinâmica das redes sociais, seu funcionamento e o retorno que elas podem proporcionar, seja positivo ou negativo, mas, principalmente, entender os conceitos dos usuários que participam deste mercado. Afinal, as tão faladas gerações X e Y compreendem grande parte do grupo de usuários desses sites e são responsáveis pelas mudanças de comportamento do consumidor. Mudanças tão significativas que já são conhecidos como prosumer – do inglês que mistura de producer (produtor) com consumer (consumidor), usada para determinar clientes tão exigentes, que, dê certo modo, faz com que a indústria forneça aquilo que ele deseja.

Compartilhar experiências é uma característica desses consumidores, como, por exemplo, produzir conteúdo Wikipédia, usar aplicativo Foursquare, que envia dicas de lugares frequentados e sua opinião, e, até mesmo, cria outro modelo de serviço de atendimento ao consumidor, apostando na agilidade e rapidez da rede social.

“Há dez anos, um cliente bem atendido comentava sua satisfação para dez pessoas, quando mal atendido, para trinta e cinco pessoas. Atualmente tanto um bom quanto um mau atendimento é compartilhado para 300 pessoas”, relatou Andrea Borges, executiva de contas sênior da Tríade, durante a Futurecom 2011.

Quando uma empresa entende o conceito de mídias sociais, investe, interage com os clientes e analisa feedbacks, os resultados podem ser surpreendentes. É o caso de companhia como a DELL, que vendeu três milhões de dólares em computadores por meio do Twitter. Ou então, o Burguer King que, ao investir cinquenta mil dólares no Facebook, obteve retorno de quatrocentos mil a mais do que se tivesse realizado em mídias convencionais.

Atualmente a Ford é uma das companhias que mais investe nas redes de relacionamento, destinando 25% do orçamento com propagandas para as mídias sociais. Já o retorno é que 37% dos usuários da geração Y souberam do lançamento do novo Ford Ka pelas redes sociais. “Se pararmos para analisar, apenas 18% das campanhas tradicionais de TV possuem ROI positivo”, concluiu Andrea.

Mas o case de maior sucesso, segundo Andrea, é o do presidente dos Estados Unidos Barack Obama. Ele tem cinco milhões de fãs nas mídias sociais, 110 milhões de visualizações no youtube, 5,4 milhões de cliques no botão “I vote for Obama” no Facebook. “O mais interessante dessa analise é mostrar que as redes sociais não funcionam apenas para B2B.”

Por ser uma mídia muito nova, ainda deve ser analisada, estudada e saber se vale à pena ter um canal de comunicação aberto ao público. “Devemos medir os pós e os contras, mais é uma mídia que veio para ficar e não há como fugir dessa realidade” concluiu. E fica a pergunta: Vale a pena investir?