A Google anunciou nesta segunda-feira (19/09) o lançamento do Wallet, ferramenta que promete transformar o smartphone do usuário em um cartão de crédito. O recurso já havia sido demonstrado em maio, mas só agora poderá ser usado.

“Nós o testamos exaustivamente, e hoje estamos liberando a primeira versão do aplicativo para a operadora Sprint. Isso significa que enviaremos o programa via conexão sem fio a todos os celulares Nexus S vinculados a empresa”, afirmou Osama Bedier, vice-presidente de pagamentos, via blog oficial.

Por enquanto, o Google Wallet só poderá ser usado por usuários norte-americanos. A MasterCard é parceira no projeto, portanto, clientes que possuam cartão da bandeira poderão vinculá-lo ao celular. O Nexus S possui um chip com a tecnologia wirelessNear-Field Communications (NFC) que possibilita a comunicação do dispositivo com terminais de pagamento.

“Somos gratos ao Citi e à MasterCard por serem nossos aliados nesse lançamento. Anunciamos também que Visa, Discover e American Express também já liberaram suas especificações acerca do NFC, de modo que seus cartões poderão ser incorporados nas futuras versões do Wallet”.

A iniciativa da Google só terá sucesso caso os estabelecimentos também abracem a ideia. A parceria com as bandeiras de cartão de crédito é um primeiro passo, mas de nada adiantará caso as grandes cadeias de lojas não disponibilizem máquinas em que os pagamentos móveis poderão ser feitos.

As previsões, porém, são otimistas. Segundo o instituto Juniper Reserch, o dinheiro movimentado em pagamentos via celular deverá alcançar 670 bilhões de dólares em 2015 – três vezes mais do que o projetado para este ano. A quantia inclui desde transações com NFC a transferências financeiras.

“Nosso objetivo é tornar possível que todos os pagamentos por cartão sejam feitos pelo Google Wallet, de modo que você possa dar adeus a suas enormes carteiras. Na verdade, temos um vídeo (veja abaixo) com nosso primeiro cliente, alguém que já está pronto para substituir o seu famoso acessório”.

Por fim, a Google avisa que este é apenas o começo, e que pretende em um futuro próximo, liberar o aplicativo para outros smartphones.