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Venda de calçado pela Internet cresce até 50%


Com um faturamento de R$ 600 milhões alcançado em 2011, a brasileira Netshoes - loja virtual especializada em artigos esportivos - aproveita o bom momento do comércio eletrônico (e-commerce) no Brasil. Com a aposta de manter o incremento de 50% de suas operações neste ano, a maior loja virtual da América Latina, passou a ter operações na Argentina e no México no final do ano passado, após o aporte financeiro do fundo de investimentos norte-americano Tiger Global, que incrementou os ganhos em R$ 200 milhões na comparação com o mesmo período de 2010. 

No mercado on-line desde 2007, a empresa iniciou no segmento varejista primeiramente com lojas físicas - no total oito comercializando sapatos masculinos e posteriormente tênis - até decidir atuar com vendas pela Internet, o que resultou na exclusão de suas lojas. "O modelo do e-commerce da Netshoes começou a despontar e oferecer resultados extremamente positivos, em um segmento de loja virtual de esporte e lazer inexplorado no País. Em 2006, estabelecemos uma parceria com a Americanas.com e o Submarino. Os resultados positivos, culminaram em um processo natural do encerramento das lojas físicas em 2007", explica o diretor de Marketing, Roni Cunha Bueno.Segundo Bueno, este ano a estratégia de expansão da empresa está pontuada em novas parcerias. 

"Nosso foco é investir em aprimoramento e inovação. Em 2011 firmamos parcerias como com as marcas NBA, Nike, Adidas, Mizuno, Puma e outras, e acreditamos que teremos muito mais para contar em 2012", diz. Com público alvo focado nas Classes A, B e C, com mais de 25 anos, a Netshoes em pouco mais de quatro anos no mercado on-line, já entregou mais de 15 milhões de produtos e conta com uma vitrine virtual de 25 mil artigos, dentre eles, diversos exclusivos. Esse é o diferencial que faz com que a empresa consiga atingir o crescimento tão rápido, enfatiza Bueno. "A loja tem exclusividade de 250 produtos, entre os quais há tênis, camisas de futebol, chuteiras, skates e bicicletas. 

O 'e-consumidor' encontra uma cor de um modelo, até mesmo um produto, das principais marcas mundiais. As parcerias com grandes marcas do segmento esportivo é uma política adotada pela empresa desde 2010 e é a consequência do bom relacionamento com nossos fornecedores. Isso garante um diferencial diante para os clientes", diz. A Nesthoes registrou em outubro do ano passado 5,8 milhões de visitantes únicos em sua página, segundo a consultoria comScore. O posicionamento da marca perante o consumidor on-line deve-se aos investimentos em marketing - que a empresa mantém em sigilo -, além das mídias sociais (Orkut, Facebook, Twitter e Youtube). Cuidados como o de atender o cliente todos os dias da semana, e o comprometimento de entregar a compra na data prevista, também aumentam a credibilidade perante o cliente, para Roni Cunha Bueno. 

"A Netshoes não se vê só como e-commerce. Ela presta um serviço para seus clientes e busca oferecer sempre a melhor experiência de compra. A empresa aprimora constantemente sua logística e disponibiliza várias ferramentas, como o Power Reviews, que são as opiniões de outros clientes sobre produtos que adquiriram, além de uma troca gratuita do produto", diz. Vestuário on-lineAs vendas de produtos do segmento de vestuário pela Internet têm apresentado saltos interessantes no Brasil. Mariana Medeiros, CEO da OQVestir, afirma que o segmento tem tudo para crescer e se tornar um serviço a mais para os consumidores brasileiros, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos e na Europa, onde é comum adquirir peças de vestuário, calçados, joias e acessórios através de sites de compras. "Estamos no mercado de e-commerce de moda há menos de 3 anos e temos nos surpreendido com o segmento. Está em constante expansão, já ocupa o 6º lugar entre os itens mais comprados pela Internet. Hoje temos um estoque de 4 mil peças de um rol de 70 marcas das mais badaladas do mundo fashion. 

Temos a expectativa de faturar de 3 a 4 vezes mais ao ano", analisa ela. Para Isabel Humberg, diretora-comercial da OQVestir, vale lembrar que em 2011, a empresa recebeu dois aportes de investidores, o que ajudou a ampliar estoque, fazer campanhas de marketing, entre outras ações. "Tivemos um faturamento 7 vezes maior que em 2010, o que nos deixa confiantes para seguir com as metas. Para o início de 2012, ampliaremos o serviço de forma estruturada. O fato de termos um estoque próprio adiciona agilidade ao atendimento. A medida que temos a confirmação de venda do produto, ele já é devidamente embalado e pode ser entregue. Dessa forma, conseguimos entregar na Grande São Paulo em 24 horas, Sul e Sudeste em 3 dias e demais regiões do País em 5 dias", finaliza Isabel. MercadoA venda de calçados, incluída na categoria "Moda & Acessórios" na concepção da consultoria e-bit, especializada no segmento, e ganha cada vez mais importância dentro do e-commerce, ao corresponder, atualmente, a cerca de 7% do volume de pedidos no Brasil. De acordo com Cris Rother, diretora da e-bit, a tendência é que nos próximos anos essa categoria ocupe um lugar entre as cinco mais vendidas. 

"A entrada de grandes players no mercado, como, por exemplo, a Dafiti, também é responsável pelo aumento das vendas. Os clubes de compra também contribuem levando as grandes marcas até pessoas que não tem tempo para comprar ou não têm lojas físicas dessas marcas onde moram. A participação cada vez mais forte das mulheres no e-commerce também justifica esse aumento, atualmente, o público feminino corresponde a 49% dos e-consumidores. As datas sazonais são as que mais contribuem para o aumento das vendas, com especial atenção ao Natal, a principal data sazonal para o e-commerce", afirmou ela.Segundo a executiva, é possível dizer que durante o período do Natal do ano passado, a categoria "Moda & Acessórios" se consolidou de vez entre as mais vendidas, ficando em quarto lugar no ranking. "O problema antes era a falta de padronagem e o fato de os consumidores estarem acostumados a tocar as peças antes de comprar. As lojas começaram a trabalhar essas questões e os e-consumidores se sentem cada vez mais seguros para adquirir esses produtos via Internet. Isso explica o crescimento da categoria." 

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