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Tendências para o e-commerce em 2011

Por Sandra Turchi*

O e-commerce cresce de forma consistente no País, entre 30 e 40% ao ano, devido, principalmente, ao aumento da inclusão digital - afinal, boa parte da população ainda não navega, o que representa uma demanda de aproximadamente 128 milhões de pessoas. Com previsões para 2010 de algo em torno de R$ 15 bilhões de faturamento (desconsiderando as vendas de leilões, automóveis e viagens), esse valor supera as vendas do varejo nos shoppings paulistas. O número de e-buyers hoje é de 23 milhões de pessoas.

Um segmento que ganha destaque, embora ainda com menor representatividade em volumes, é o de vestuário. Isto se deve a um problema de padronização, mas os players do setor têm se movimentado para sanar essa questão, visto que ninguém quer ficar de fora dessa demanda. Uma das iniciativas que tem sido tomada é o uso de tamanhos em centímetros. Nos Estados Unidos, o faturamento com roupas em 2009 foi US$ 27 bilhões, pois já existe a cultura de compras à distância por catálogos há muito tempo.

Nesse segmento, crescem as iniciativas que possibilitam assessoria virtual de estilo, como o Boutique.com, criado pelo Google; ou sites de co-criação, como o ByMK, o Polyvore, a Camiseteria e o ModCloth – em que o cliente decide o que a loja deve comprar. Dentre os clubes de compras, nos quais o cliente tem acesso a produtos de grife com grandes descontos, um dos que mais cresce é o Privalia, bem como o Brandsclub - com mais de dois milhões de clientes cadastrados - o Superexclusivo e o Coquelux. Esse tipo de site, que oferece oportunidades únicas a públicos segmentados, deve continuar se expandindo muito em 2011, bem como o outro extremo, que oferece exclusividade e preço alto àqueles que podem bancar a compra de um item antes do seu lançamento, como no site e-closet e farfetch.com.

Outro modelo que ganhou forças em 2010 e deverá continuar crescendo muito ainda é o de compras coletivas. Os números começaram tímidos, mas já demonstram rápido crescimento, pois atraíram para o e-market - por um lado, muitos consumidores que ainda não tinham se arriscado a comprar via web e, por outro, aproximou diversas empresas que nem possuem um site próprio, para "degustar" o poder da internet e, pelo visto, elas gostaram. Os consumidores aprovaram, afinal tiveram acesso a produtos com descontos de até 90% e puderam desfrutar de serviços que normalmente não usariam ou adiariam sua compra.

Veremos ainda um grande número de lançamentos de negócios nessa linha, porém, mais segmentados, mais focados em determinados nichos de produtos ou segmentos de usuários, principalmente por classe social. Há ainda que se melhorar os serviços prestados, pois há diversos relatos de péssimas experiências, como o prazo dos cupons, ou atendentes que diferenciam os clientes que vieram "desses sites" no momento do atendimento, assim como estabelecimentos que fecharam nesse meio tempo. Se isso não for bem trabalhado pelas empresas, poderá rapidamente, desgastar esse modelo.

* Sandra Turchi é Diretora de Marketing da Boa Vista Serviços – SCPC – Coordenadora do curso de Estratégias de Marketing Digital na ESPM e Vice-Presidente de Marketing da ABRAREC. Blog: www.sandraturchi.com.br e Twitter: @sandraturchi

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Roberto Oliveira

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