Quando se fala em consolidação de qualquer marca, sempre pensamos em clientes fidelizados. São eles que fortalecem o produto. Mas para fidelizar um cliente é preciso traçar um longo caminho, no qual o mais importante é entender o que o público deseja e porque a demanda por um determinado produto ou serviço existe. Enfim, o segredo está na palavra COMPORTAMENTO. É aí que entra o conceito de behavioral targeting – nome pomposo que quer dizer algo como acertar no target pelo comportamento, ou seja, lançar ações de marketing e comunicação da sua marca levando em conta prioritariamente o perfil e os hábitos do seu público-alvo.
Neste processo, mais importante que os dados socioeconômicos do público são os dados socioculturais. Você deve estar dizendo para si mesmo que isso está longe de ser novidade, e terá toda razão. A novidade é que o mundo digital colocou à disposição dos homens de marketing, de suas agências e de todos os veículos de comunicação com presença digital uma nova e dinâmica maneira de acompanhar o consumidor em tempo real e com uma riqueza de detalhes até então desconhecida. Isso em tempo real e atrelado à possibilidade de atualização permanente, enquanto ele navega em qualquer plataforma digital.
O behavioral targeting como é concebido hoje, muito atrelado à internet, ao celular e aos meios de comunicação digital (cada vez mais a TV e o rádio oferecerão alternativas de behavioral targeting, na medida em que forem penetrando no mercado e na vida das pessoas), está baseado em sofisticados cálculos e modelos matemáticos. Esses modelos de matemática avançada cruzam digitalmente, no ato, informações que o consumidor digital nos ofereceu ao se cadastrar em nossos bancos de dados, com seu comportamento online.
O caso clássico você conhece, é o da Amazon, a livraria online que possivelmente melhor utiliza o behavioral targeting como ferramenta de comunicação e venda. Você está buscando um livro de marketing e, em tempo real, o sistema oferece outros títulos do mesmo tema ou títulos associados. Enquanto isso, o banner que está sendo exibido na sua tela de computador começa a oferecer produtos e serviços possivelmente associados a sua atividade profissional.
Agora você entendeu que essa estratégia significa ir além do que o cliente pede, mas, principalmente, criar novas demandas em relação ao que ele precisa. As lojas de comércio eletrônico fazem o mesmo todo dia, apresentando ofertas e serviços de maneira interligada com seu perfil de preferências e de comportamento. Mas as possibilidades não terminam aí. Tanto o site da sua companhia como os portais de internet de um modo geral podem ser dotados de sistemas de behavioral targeting, oferecendo à sua equipe de marketing (ou à sua agência) dados ricos sobre seu público-alvo, funcionando como um repositório de informações sobre a qualidade da relação dos seus consumidores com sua marca, produtos ou serviços. É uma espécie de pesquisa em tempo real que, se administrada de forma inteligente, pode gerar mudanças de rumo numa determinada campanha ou na oferta de promoções relâmpagos de alta pertinência e, portanto, eficácia. É aquele tal marketing um a um finalmente num grau de excelência que há anos atrás parecia um sonho para os gestores de marketing.
Pense nisso!
Texto original: proxxima.com.br