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Alibaba: jeito novo de vender online

De olho no crescimento do comércio eletrônico ao redor do mundo, o portal chinês Alibaba.com, voltado a negócios entre empresas, anunciou ontem o início de suas operações no Brasil.


De acordo com levantamento da Internet World Stats, o País tem 67,5 milhões de internautas.  Em 2009, as vendas online movimentaram cerca de R$ 10,5 bilhões, 28% a mais do que no ano  anterior.

O desempenho positivo – somado ao interesse das empresas em exportar – atraiu os executivos chineses. Em parceria com a Ludatrade Tecnologia, com sede em Hong Kong e especializada em comércio exterior, o site promete ajudar microempreendedores a vender produtos e serviços para fora do País. "Esse é um negócio muito promissor. As pequenas empresas são responsáveis por 50% do Produto Interno Bruto (PIB) no mundo", diz o diretor do Alibaba.com, Timothy Leung.

De acordo com o diretor-executivo da Ludatrade, Kennech Ma, no Brasil há mais de 5 milhões de micro e pequenas empresas, que respondem por apenas 2% das exportações brasileiras. "Acreditamos muito no potencial econômico desse País e vamos ajudar no crescimento. A ideia é transformar o comércio eletrônico na principal plataforma de exportação.

Conexão – O sistema estabelece um canal de negociação para empreendedores brasileiros e possibilita a conexão com compradores e vendedores de todo o mundo. Por meio do site, usuários cadastrados podem pesquisar parceiros potenciais por região, país, ramo de negócio ou produto. São oferecidos dois tipos de acesso: o "free membership", no qual a empresa não paga nada pelo acesso, e o "gold supplier" que prevê o desembolso de uma taxa.

Por R$ 8 mil ao ano, os usuários terão direito a consultoria de negócios, suporte para os processos legais e alfandegários, distribuição de catálogos em feiras internacionais e um certificado de autenticidade que garante ser uma empresa legalmente constituída.

No Brasil, serão disponibilizados pacotes adicionais de serviços "ouro", "platina" e "diamante", com atendimento personalizado em português e suporte necessário em tecnologia da informação.

Apesar do lançamento recente, o Alibaba.com já tem aproximadamente 150 mil usuários no Brasil. São empresas que procuraram soluções em sites de busca, e acabaram encontrando o serviço. Os internautas que acessam o site também são fruto de um teste realizado pelo portal em parceria com o Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresas (Sebrae) e a Agência Brasileira de Promoção da Exportação e Investimentos (Apex).

À disposição delas estão 7,6 mil diferentes produtos de 42 setores da economia, como agricultura, construção, móveis, moda e eletrônicos. Em 2009, o setor de alimentos e bebidas respondeu por 34% das requisições feitas no ano, seguido por agricultura (11%), mineração e metalurgia (7%) e material de construção (6%). Entre as empresas brasileiras que já utilizam a plataforma está a Bioargo Group, produtora de café e açaí, que fechou acordos de cerca de US$ 1 milhão com a Ásia depois de se tornar membro do website. "Conquistamos nosso primeiro cliente asiático por meio do Alibaba.com e
fechamos acordos com fornecedores na Índia e na Coreia, o que nos possibilitou acessar um segmento em expansão", diz o diretor de desenvolvimento Almir Vargas.

Sucesso – De acordo com o diretor do Alibaba.com, Timothy Leung, outro caso de sucesso que mostra o potencial do site vem da Índia. "Dois irmãos, que fabricavam joias, resolveram investir em vendas online. Eles encontraram na nossa ferramenta uma forma de crescer. Hoje, eles possuem sete fábricas e exportam para mais de 20 países em todo mundo. Nossa ideia é essa: ajudar quem tem talento, mas não tem dinheiro para investir", afirma o executivo.

O portal possui aproximadamente 45 milhões de usuários registrados em 240 países e tem escritórios em 60 cidades na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos. Do total, apenas 67 mil empresas fazem parte da categoria "gold supplier".

O objetivo da empresa é, em dez anos, reunir entre 60% e 80% de empresas brasileiras exportadoras na base de dados do portal e ampliar sua base de clientes em 15%.

Fonte:DComércio

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