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Já pensou em trabalhar como analista de mídias sociais?


As mídias sociais têm desempenhado um papel importante nas empresas. Elas permitem a divulgação de produtos e marcas, a interação com clientes e a descoberta de soluções para o crescimento dos negócios. O assunto é tão relevante que, no ranking da revista Forbes, por exemplo, as 100 maiores empresas do mundo têm um departamento de mídia social, separado dos departamentos de marketing e de marketing digital. Quem atua diretamente nessa área é o analista de mídias sociais, responsável pelo planejamento estratégico da empresa nas redes sociais.

“As funções do analista são monitorar as redes sociais, pensar em estratégias para a divulgação dos produtos e ficar atento aos acontecimentos da internet para tentar inserir a empresa em diversos contextos”, afirma Luísa Severo, gerente de Recursos Humanos da Gimba, empresa distribuidora de materiais de escritório e suprimentos de informática, descartáveis e higiene que, desde o ano passado, tem um departamento dedicado ao assunto.

Perfil ideal - Como a profissão de analista de mídias sociais é razoavelmente nova no país, ela ainda não tem uma graduação específica. Profissionais de Jornalismo, Marketing, Publicidade e Propaganda e cursos correlatos são os mais contratados para a área.  “Quem quer seguir esse caminho pode fazer um curso de especialização ou até pós-graduação na área”, afirma Luísa.

Para ocupar o cargo exige-se muito mais do que familiaridade com redes sociais. O profissional precisa ser bem informado, antenado, autodidata, auto-gerenciável e ainda ter espírito de liderança. Além disso, claro, é preciso mandar bem no português para não queimar a imagem da empresa assaltando as regras da gramática. “A gestão das redes sociais é dinâmica, e o profissional desempenha um papel ágil e de confiança, que geralmente não tem supervisão de um gestor”, diz a gerente de RH da Gimba.

Seleção de impacto – A seleção para cargos de analista de mídias sociais também foge um pouco do comum. Para trabalhar na Criax, agência de comunicação organizacional, por exemplo, o candidato deve mostrar que seu interesse pelas redes sociais ultrapassa os limites da área de atuação no setor. “Nos processos seletivos sempre perguntamos como o Facebook impacta na vida do profissional. Também pedimos que ele cite uma publicação sua que tenha alcançado boa repercussão na internet,” afirma Fabio Stefanini Jor, diretor da Criax. “Dessa maneira é possível entender se o profissional é um usuário ativo das redes.” O mais importante, segundo Fábio, é estar conectado com o mundo. “Não procuramos um especialista em comunicação que tenha cursos na área.” 

Crescendo na profissão – Foi o caso de Rodrigo Zapelli, 30 anos, por exemplo, não tinha qualquer curso na área quando conseguiu um estágio na Boo-Box, empresa de tecnologia de publicidade e mídias sociais. Formado em Comunicação Mercadológica, Rodrigo fez da experiência do estágio um treinamento para crescer no cargo de analista de mídias sociais. “Consegui conquistar espaço no mercado de trabalho apenas com experiência profissional e interesse pelo cargo”, diz ele.

Atualmente, Rodrigo é coordenador de Social Media Marketing da Lattitud, agência do Grupo Havas, e gerencia uma equipe de analistas de mídias sociais. “A minha função no cargo é auxiliar os analistas no monitoramento de informações veiculadas sobre os nossos clientes nas mídias e partir dessa busca elaborar um planejamento estratégico das empresas nas redes sociais”, afirma Rodrigo.

Segundo ele, muito mais do que ter formação em comunicação ou cursos extracurriculares na área, o profissional que deseja ocupar o cargo deve entender o que move os usuários. “Para fazer carreira na área é preciso saber lidar com as pessoas, trocar informações com elas e compreender por que elas usam as redes sociais”.

“É possível se desenvolver na área e ser bem pago para isso”, diz ele. Segundo Rodrigo, a média salarial dessa área varia entre R$ 1,5 mil para analistas juniores a R$ 5 mil para profissionais com mais experiência.

Carreira promissora – Outro exemplo é o de Bianca Toniol, de 27 anos, formada em Rádio e TV, que encontrou no cargo de analista de mídias socais a oportunidade de fazer o que gosta. “Como sempre me interessei pela área de Comunicação Empresarial e gosto muito de mexer nas redes sociais, fiz cursos de educação executiva de redes sociais e de marketing com ênfase em mídias sociais para ocupar o cargo”, afirma ela.

A analista trabalha na Eletrônica Santana, loja especializada em produtos eletrônicos, e conta que a rotina na área é surpreendente. “Sou responsável pelas contas da companhia no Facebook, Twitter, Youtube e Foursquare”, diz ela. Só o perfil do Twitter tem quase 5 mil seguidores. No Facebook, são mais de 6,5 mil. “Para gerenciar os perfis é preciso fazer um planejamento, mas nem sempre ele é seguido, pois toda vez que um novo tema é muito comentado nas redes sociais é preciso aproveitar a oportunidade para divulgar a sua empresa”.

Como falta mão de obra especializada para o cargo, as empresas oferecem boas remunerações para quem desejar ser um analista de mídias sociais. “Minha remuneração fica na faixa dos R$ 2 500. Acredito que ganho mais atuando nesse cargo do que se estivesse trabalhando na minha área de formação.”

Segundo Bianca, quem investir na formação e estiver sempre atento às tendências do mercado na área pode ter uma carreira promissora no cargo. “Para ser um analista de mídias sociais você não precisa ter um perfil pessoal popular, nem ter muitos seguidores ou amigos. O importante é ficar ligado em tudo que acontece nessas redes, saber usá-las corretamente e fazer cursos extracurriculares sobre o tema”.