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Pequenas empresas abrem lojas virtuais para alavancar os lucros

Comércio virtual. Pequenas empresas investem cada vez mais nos negócios pela internet. E, com a chegada do fim de ano, elas se preparam para dobrar o faturamento com as vendas online.

A empresária Mariana Medeiros montou uma loja virtual há um ano e meio. Ela vende roupas multimarcas para homens, mulheres e crianças. E, com a chegada do Natal, está animada com as vendas.

"Nós quintuplicamos o faturamento do começo do ano pra cá e devemos ainda triplicar pro Natal", conta Mariana Medeiros.

Para montar a loja virtual, a empresária investiu cerca de R$ 700 mil. O capital foi usado na contratação de uma empresa terceirizada que desenvolve o sistema de e-commerce e na compra do estoque de produtos.

O conteúdo do site é produzido na empresa. Nela, trabalham 10 funcionários. Cada peça é medida, catalogada e fotografada. Só depois a roupa fica disponível para a venda no site.

"O cliente que está fazendo a compra em casa, embora ele não possa tocar nas peças, tem a segurança de poder conferir se o tamanho do ombro, do busto dele confere com aquela peça e comprar sem medo", explica a empresária.

Uma editora de moda dá dicas para o internauta da loja virtual. Uma maneira de conquistar mais consumidores e aumentar as vendas.

"A gente tem sugestões de look já montados para trabalho, para festas, para ocasiões, enfim, sugestões já prontas. E também a gente dá conselho do que é melhor para cada tipo de corpo, para cada ocasião, como se fosse uma amiga que está junto no provador da loja", esclarece a editora de moda Juliana Franco.

Hoje, a empresa tem dois mil itens em estoque para pronta entrega. Os preços variam de R$ 50, uma blusa básica, a R$ 2 mil, um casaco mais sofisticado.

A empresária Mariana Medeiros atende, em média, a 20 pedidos por dia e fatura mais de R$ 200 mil por mês. Em cada peça, a margem de lucro é de 40%. A entrega dos produtos é feita pelos Correios em todo o país e, em São Paulo, por um motoboy.

Taiza Krueder é cliente de Mariana Medeiros há um ano. Ela faz compras pela internet pelo menos uma vez por semana."Mulher é superconsumidora, aí você entra ali, você dá uma namorada, se gosta ou não. E, logicamente, se for do teu agrado, acaba comprando", diz a cliente.

"Eu acredito que o comércio eletrônico é a grande tendência. Ele não explodiu ainda no Brasil. É um mercado que tende a crescer, pela facilidade, pela praticidade, pelo conforto e pela segurança também", afirma Mariana Medeiros.

E o empresário Luis Sampaio apostou em uma loja especializada em artigos esportivos para corredores. Há quase um ano, o empresário investiu R$ 900 mil no aluguel do ponto, reforma do espaço e estoque de mercadorias. São mais de 1,5 mil itens, que podem ser comprados na loja e também pela internet.

"Para alavancar o faturamento das vendas na loja virtual, mesmo que o céu é o limite, a gente atinge o país inteiro e, quem sabe mais pra frente, até o mundo inteiro", declara o empresário.

Para criar a loja virtual, Luis Sampaio investiu R$ 250 mil no sistema operacional e na contratação de funcionários. O site da empresa é repleto de fotos e informações sobre cada produto.

Investir em uma loja virtual requer alguns cuidados. É preciso oferecer um site de fácil visualização, seguro e estar sempre atento ao estoque. Assim como na loja física, o consumidor que compra pela internet busca variedade e, neste negócio, é fundamental entregar o produto para o cliente no prazo estabelecido.

Hoje, a loja virtual tem mais de 8 mil clientes cadastrados e faz, em média, 20 vendas por dia. E os negócios feitos pela internet representam um faturamento de R$ 220 mil por mês, 50% a mais que na loja física. Para abrir uma loja pela internet, o investimento mínimo é de R$ 50 mil.

Roberto Dias Stanganelli é cliente da loja física há quase um ano, mas também não abre mão da comodidade oferecida pela internet. "Acho uma praticidade, é bem mais rápido e bem mais fácil. Acho que é uma boa alternativa", opina o cliente.

Segundo a Associação Comercial de São Paulo, o comércio virtual deve movimentar, até o final do ano, R$ 15,5 bilhões. E 30% desse total são representados pelas micro e pequenas empresas.

"As empresas investem cada vez mais em fluxos, em usabilidade, para fazer com que esse cliente tenha uma experiência de compra mais acertada possível, mais rápida, simples e fácil de ser realizada. Isso é um dos grandes fatores que fazem com que a taxa de crescimento dos pequenos lojistas da internet seja em torno de 75% ao ano ou mais", informa o consultor Igor Senra.
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