A operadora Oi fechou dois negócios: uma joint venture com a credenciadora Cielo para pagamentos via celular e uma parceria com o Banco do Brasil (BB) para emissão de cartões de crédito - em plástico ou no chip de celulares pós- e pré pagos.

A formação de uma nova empresa entre Oi e Cielo deve colocar no mercado tecnologia de pagamento via celular, também conhecido como mobile payment. Para fechar o negócio, a Cielo comprou 50% da Oi Paggo (sistema de compras via telefonia celular). Este já possui uma base de 250 mil usuários e 75 mil lojistas cadastrados. A nova empresa, Paggo Soluções de Meios de Pagamento, será controlada em partes iguais pela Paggo Acquirer e pela Cielo.

A nova empresa buscará colocar no mercado telefones celulares que funcionem como terminais leitores de cartão (POS) para a captura de pagamentos. O foco serão pequenos comerciantes e trabalhadores informais. "O Brasil necessitaria de 11 milhões de estabelecimentos que aceitassem cartões. A Cielo, que é a maior, tem 1,8 milhão", destacou o diretor de mercado da Oi, João Silveira.

O acordo possibilitará que clientes da Oi e do BB façam compras através de celulares em estabelecimentos credenciados à Cielo. O sistema de compras via celular funcionará basicamente por meio da tecnologia de mensagem de texto.

"Ao comprar um chip da operadora, o cliente automaticamente leva um cartão de crédito embutido que poderá, depois de analisado o crédito por parte do Banco do Brasil, apresentar um limite de crédito", destacou o diretor de cartões do BB, Denilson Molina. O acordo assinado durará 20 anos.

Outra possibilidade é que o cliente ganhe um cartão físico co-branded (BB e Oi) ou então um software dentro do chip de seu celular, preferencialmente com a bandeira Elo. "Esta é uma alternativa para a classe C, já que uma parte significativa desse público ainda convive com estabelecimentos que hoje não aceitam pagamentos com cartão de crédito."

A ambição da Oi é que a nova empresa ganhe cerca de 1 milhão de novos clientes por ano a partir de 2012, quando o projeto deve ganhar corpo. Do total, mais da metade deve ser da classe C, D e E, segundo as empresas, mas, em volume de operações, as classes A e B devem predominar por fazerem maior volume de compras.

Fonte: DCI