Aplicação dobrada de capitais e lojas com metade do tamanho convencional. Basicamente, esta é a fórmula que a Lojas Renner vai utilizar em 2010, em uma tentativa de manter o saldo positivo registrado no ano passado, 16,7% superior que o de 2008. O investimento de R$140 milhões é direcionado principalmente ao processo de interiorização da rede varejista.
Neste ano, a empresa inaugura duas unidades compactas, com até 1.200 m² de área para vendas, pouco mais da metade do convencional, 2.100m². Este formato viabiliza a criação de pontos-de-venda em cidades com até 200 mil habitantes. De acordo com pesquisas realizadas pelo grupo, há cerca de 100 municípios com características ideais para sediar este tipo de estabelecimento.
Lojas diminuem, mas público-alvo é o mesmo
José Galló, diretor-presidente da empresa, afirma que as lojas menores não indicam uma popularização da marca. O foco continua ser atender as classes A, B e C. "Nosso principal desafio será não descaracterizar o mix de produtos, pois teremos um espaço menor para apresentá-lo ao público", explicou Galló.
A diminuição do espaço físico se restringe exclusivamente aos pontos do interior, visto que em abril a empresa abre sua 1ª loja de rua em São Paulo, na avenida Paulista. Este será o 39º estabelecimento Renner no estado, mas o único que fica fora de shoppings. "Sempre estamos atrás de pontos de rua, mas é muito difícil achar um espaço grande que atenda às nossas necessidades", afirma José Carlos Hruby, diretor de Relações com Investidores.
Financeira própria e renda maior
Outra novidade é que a rede só está aguardando liberação do Banco Central para abrir uma financeira própria, cujo principal objetivo é melhorar o serviço de vendas a prazo. Esta medida ajudará também a promover a incursão da Renner no e-commerce, sem intermediários e com rentabilidade maior.
Estima-se que a loja virtual da Renner, inaugurada em 16 de fevereiro deste ano, alcance o mesmo faturamento anual de uma loja física, que gira em torno de R$ 19 milhões.
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Roberto Oliveira
