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Correios mudam nome e miram mercado internacional

O governo enviará ao Congresso, logo depois do carnaval, uma medida provisória (MP) modernizando e reestruturando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Como mostra matéria de Chico de Gois e Mônica Tavares, publicada na edição desta terça-feira, no GLOBO, o texto também modificará a Lei Postal, editada em 1978. Um dos principais objetivos das mudanças é a internacionalização dos Correios, que vão poder atuar principalmente em países como Estados Unidos, Portugal, Espanha, Inglaterra e Japão, para que os brasileiros que lá residem possam fazer remessas para o Brasil, por exemplo.

" A MP deverá dar aos Correios flexibilidade para que ele possa se modernizar e, certamente, estar em condições de competir "

A nova empresa se chamará Correios do Brasil S.A. e será uma sociedade anônima, com capital fechado, nos moldes da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

- Esta reestruturação vai permitir que os Correios tenham uma ação mais presente no exterior, principalmente visando à captação das remessas de valores dos brasileiros no exterior, que chegam anualmente a US$ 6 bilhões - afirmou o ministro das Comunicações, Helio Costa, que reuniu-se ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro disse ainda que os Correios já transferem tecnologia para vários países da América do Sul, entre eles a Argentina, o Chile, o Paraguai e a Colômbia. Com a internacionalização, a troca será mais efetiva.

O objetivo é dar condições de competição aos Correios e, segundo Helio Costa, isto permitirá que o faturamento da empresa aumente em 50% em um prazo entre 18 e 24 meses. A receita anual da ECT é de R$ 12,5 bilhões, atualmente.

- A MP deverá dar aos Correios flexibilidade para que ele possa se modernizar e, certamente, estar em condições de competir principalmente com as empresas estrangeiras do setor - afirmou Costa.

A legislação permitirá ainda que os Correios atuem em outras frentes, entre elas a de prestação de novos serviços. Um deles é o Correio Híbrido - correio digital -, pelo qual os planos do governo são transformar a ECT em um dos maiores provedores de serviços de internet. A proposta dos Correios é entrar mais fortemente no setor de comércio eletrônico, que tende a crescer cada vez mais.

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