Compartilhe!

Home � � Importar da China é lucrativo, mas antes é preciso estudar o mercado

Importar da China é lucrativo, mas antes é preciso estudar o mercado

por Raquel Rezende
http://www.empreendedor.com.br/?secao=Noticias&categoria=167&codigo=14784

Empresas de diferentes portes e segmentos importam impulsionadas pela relação comercial favorável, porém é preciso avaliar a transação para não ter prejuízos futuros


A importância da China no contexto mundial dos negócios é inegável. É possível perceber a expansão chinesa em diversos produtos usados no dia a dia. Empresas de diferentes portes e segmentos utilizam algum componente chinês em seus produtos e processos. Consumidores de todas as classes sociais têm produtos produzidos neste país. Mas para se relacionar comercialmente com a China não é fácil. Antes de importar qualquer mercadoria chinesa é necessário pesquisar e avaliar o custo-benefício da transação. Além disso, é recomendável consultar uma assessoria especializada em comércio exterior para não ter prejuízos no negócio.

A Komport, empresa com filiais nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Tocantins, atua nas diversas frentes do comércio exterior e tem experiência na China. A corporação trabalha para identificar fornecedores dos mais variados produtos a partir de amostras ou especificações técnicas apresentadas pelos clientes, efetuando a análise de cadastro, inspeção de fábricas, inspeção de embarque e consolidação de cargas. A empresa também oferece o serviço de recebimento e acompanhamento dos clientes na China por profissionais que falam português para visitar e conhecer os fornecedores prospectados.

O presidente da empresa, Alexandre Schaefer, viaja para China desde 2002 e destaca a distância, o idioma e alguns costumes dos chineses como fatores que dificultam as transações comerciais. "Por isso é ingenuidade de qualquer empresário acreditar que pode importar sem a ajuda de uma assessoria", destaca. Além disso, é necessário verificar alguns procedimentos burocráticos ainda no Brasil, como solicitar habilitação de importador e exportador para a Receita Federal. "Por essas e outras razões é muito fácil perder dinheiro com importação", alerta Schaefer.

No ano de 2002, importar da China era uma novidade. Hoje, 80% das empresas importam algo de lá. Só em Santa Catarina, por exemplo, existem cerca de 5 mil importadores. "A China é o maior e mais importante parque fabril mundial. É possível encontrar de tudo no país: produtos baratos de baixa qualidade como também objetos mais caros com boa qualidade", afirma Schaefer. O setor de decoração e presentes são 90% produzidos na China. Produtos do ramo têxtil, que concentra 67% de toda produção mundial, e a linha de eletroeletrônicos também são outros segmentos que mais se destacam no mercado chinês.

A mão de obra barata, que ainda existe no país, e a valorização da moeda chinesa em relação ao dólar possibilitaram às empresas da China produzirem de forma competitiva. Segundo Schaefer, o movimento de globalização de alguns players acaba exigindo essa relação comercial. "Ao contrário do que acontece na China, o empresário brasileiro deixa de ser competitivo por causa da alta carga tributária", lamenta.

Schaefer defende que mesmo que seja para complementar alguma linha de produção, é interessante importar. "A empresa que não importa da China ficará fora do mercado", comenta. E para importar o produto com a segurança de estar realizando o melhor negócio, Schaefer aconselha realizar uma boa pesquisa de prospecção. E não somente no exterior. Antes de verificar os preços lá, uma pesquisa eficiente aqui no Brasil é também interessante. "O empresariado brasileiro costuma ser amador e às vezes trabalha com dados imprecisos", opina.

Contato

Komport/ Alexandre Schaefer: (48) 2106-4350


Tags: