Compartilhe!

Home � �

FGV-EAESP divulga resultados da 10ª edição da pesquisa Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro


A Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) já se consolidou como centro de conhecimento na área de Negócios na Era Digital e está divulgando a Pesquisa FGV-EAESP de Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro, 10ª edição, 2008, elaborada pelo Prof. Alberto Luiz Albertin, coordenador do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (CIA) e do Programa de Excelência em Negócios na Era Digital (NED), um dos maiores especialistas nesta área e autor de artigos e livros de Comércio Eletrônico, Tecnologia de Informação e Desempenho Empresarial, e Administração de Informática. A Pesquisa contou com a participação de Rosa Maria de Moura, especialista e pesquisadora do CIA e do NED.

A Pesquisa FGV-EAESP de Comércio Eletrônico no Mercado Eletrônico, na sua 10ª edição, 2008, fornece importantes subsídios para entender o cenário atual e elaborar suas tendências, possibilitando confirmar tendências e previsões elaboradas na pesquisa anterior e a analisar a influência das mudanças no cenário nacional e internacional.

A Pesquisa considerou 419 empresas, dos vários setores econômicos, ramos de atividades e portes. As empresas, tanto nacionais como multinacionais, operam no mercado brasileiro e atuam em diversos níveis no ambiente digital.

Segundo os dados obtidos, o valor atualmente transacionado no CE nas transações de negócio-a-negócio representa 55,33% do valor do mercado total, e 19,18% para negócio-a-consumidor.

Estes índices são considerados significativos, esta situação fica mais expressiva por meio de duas análises. A primeira integrada com o tempo de existência deste ambiente, as suas evoluções e tendências etc., que permite concluir que estes índices confirmam a evolução do CE e que a tendência é de crescimento, agora mais cautelosa e buscando retornos efetivos dos investimentos realizados. Ainda nesta análise, o volume de negócios iniciados em CE e finalizados no ambiente tradicional, apresentou índices significativos. A segunda considerando o ambiente econômico que ainda caracterizou o ano de 2007, que permite enfatizar o crescimento apesar desta situação.

No ano 2007, considerando que os gastos e investimentos em CE, assim como em TI, tiveram crescimento muito pequeno, notou-se que as empresas passaram utilizar de forma mais efetiva as aplicações de CE que já haviam sido desenvolvidas visando seus processos de negócio, mesmo tendo ficado abaixo das expectativas de crescimento de utilização.

As aplicações de CE mais intensamente utilizadas pelas empresas pesquisadas ainda são basicamente aquelas que já podem ser consideradas como bastante assimiladas neste novo ambiente, incluindo Home Page, E-mail e troca eletrônica de dados, sendo que as mais inovadoras começam a ser utilizadas, mesmo que a sua intensidade ainda seja pequena. A infra-estrutura de informação e comunicação pública passa a apresentar tendências de desempenho mais aderente às perspectivas de evolução, mesmo que ainda com custos não tão adequados, e de efetiva convergência e maior abrangência.

As empresas pesquisadas não realizaram crescimentos expressivos nos seus níveis de gastos e investimentos em CE, atingindo a média geral de 1,21% da receita líquida das empresas, de 0,37% no setor de Indústria, 1,15% no de Comércio e 1,69% no de Serviços. Notou-se a estabilização do índice para os setores de Serviços e Indústria e o crescimento no setor de Comércio, mesmo com as dificuldades econômicas.

A utilização das aplicações de CE para a integração das empresas com seus fornecedores supera os 70% no setor de Comércio, sendo que esta integração inclui a troca eletrônica de dados com plataforma proprietária. Por outro lado, mais de 78% das empresas pesquisadas, também considerando o setor de Comércio, já utilizam estas aplicações na integração com clientes.

As empresas continuam utilizando as aplicações de CE principalmente nos processos de atendimento a cliente referentes a recebimento de pedidos, suporte a utilização, divulgação de informações e facilidade de seleção, e. Em relação aos processos de cadeia de suprimentos, a maior utilização é para solicitação de suprimentos e envio de pagamento, sendo que este processo continua com alta taxa de crescimento.

As empresas continuam avaliando como mais importantes os aspectos de relacionamento com clientes, privacidade e segurança, e alinhamento estratégico, o que é considerado coerente com a utilização atual e as tendências; ou seja a busca pela utilização de CE nos processos que envolvem troca de informação e transações exige um ambiente com segurança mais efetiva, alinhamento das estratégias empresariais para sua expansão, ao mesmo tempo que as características deste novo ambiente exigem proximidade com o cliente. Cabe enfatizar que pela segunda vez consecutiva o aspecto de privacidade e segurança foi superado pelo aspecto de relacionamento com clientes como o aspecto avaliado como o mais importante para as empresas.

As empresas avaliam que as principais contribuições de CE estão relacionadas com a melhoria do seu relacionamento com os clientes, novas oportunidades de negócio, sua utilização como estratégias competitivas mais efetivas, e o relacionamento com os fornecedores. Assim, as empresas entendem que precisam competir tanto no ambiente empresarial tradicional como no de CE.

A avaliação das contribuições oferecidas pelo CE também demonstra a estabilidade do mercado brasileiro e a coerência com a importância atribuída aos vários aspectos. Devido à dificuldade de obter as contribuições esperadas bem como a dificuldade de tratar os aspectos necessários, as empresas utilizaram aplicações de CE praticamente seguindo as estimativas elaboradas para 2007. As empresas prevêem algum crescimento da utilização de CE nos seus vários processos de negócio para o ano de 2008.

Os resultados da Pesquisa permitem concluir que as empresas já estão utilizando o CE, passando a focar de forma mais abrangente os seus processos de negócio, que são aqueles referentes ao relacionamento externo com seus clientes e fornecedores. Os esforços ainda devem se concentrar na utilização por todos os processos internos e integrá-los com os externos de forma automática, visto que o nível de integração cresceu mas ainda requer atenção especial.

A Pesquisa FGV-EAESP de Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro, na sua 10ª edição, 2008, se mostra bastante robusta e muito eficiente em identificar o cenário atual deste ambiente e permitir a elaboração de estimativas e previsões. O cenário de CE no mercado brasileiro comprova a consolidação da fase de evolução em detrimento da percepção de revolução, inicialmente defendida pelos participantes deste ambiente. As empresas passam a buscar a realização de retornos de investimento e estabelecimento de métricas eficientes.

Tags: