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Brasil é 62º país no mundo em fatia da população que usa internet.

Brasília - Considerando o número de internautas em relação à população, Brasil é o quarto na América Latina, atrás de Uruguai e Costa Rica.

Dados divulgados na sexta-feira (23/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 32,1 milhões de brasileiros, cerca de 21,9% da população acima dos 10 anos de idade, utilizaram a rede mundial de computadores, a internet, no país.

O número é expressivo, e coloca o Brasil como o primeiro país da América Latina e o quinto no mundo no uso da internet. Se for considerado, no entanto, o número de internautas em relação à população do país, a situação relativa do país é bem diferente. Nesta avaliação, o Brasil ocupa a 62ª posição mundial e a quarta na América Latina, sendo ultrapassado pela Costa Rica, Guiana Francesa e Uruguai.

A comparação, feita a partir de informações da União Internacional de Telecomunicações (UIT), foi divulgada pela assessoria do Comitê Gestor da Internet no Brasil, um dos parceiros do IBGE na realização da pesquisa.

Marcelo Carvalho supervisor do projeto social Estação Futuro, que mantém vários centros de popularização da internet em comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro, considera o acesso à internet no país ainda muito limitado. Para ele, os preços dos computadores são o principal motivo para que cerca de 128 milhões de brasileiros ainda não utilizem o serviço. “Ainda é um número muito pequeno (de usuários), e isso acontece por causa do valor dos equipamentos. As pessoas de comunidades carentes não têm verba extra para comprar computador”, explicou Carvalho.

Para o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Plínio de Aguiar, a utilização da internet no Brasil tem como obstáculo, além do baixo poder aquisitivo da população, questões mercadológicas que impedem a chegada de portais de acesso em regiões menos desenvolvidas do país. “Não há portais de acesso à internet ao longo de regiões menos desenvolvidas do país e esse é um obstáculo de ordem macroeconômica, envolvem interesse comercial, de se serem implantados portais em regiões menos desenvolvidas”.

Aguiar salientou que o governo brasileiro, por meio do Ministério das Comunicações e da Casa Civil, está desenvolvendo políticas públicas para promover o acesso à internet, e a Anatel vai regular essas atividades.

“Há projetos. O governo está definindo a política de difusão da banda larga no país e nós temos alguns instrumentos para isso, com a utilização do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações). É um recurso que pode promover o uso de internet por entidades públicas como escolas, instituições de saúde e de segurança, que não podem pagar pela internet”, informou o presidente da Anatel.

O levantamento divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE é um suplemento especial da Pesquisa de Amostragem por Domicílio (PNAD), que coletou informações em 140 mil domicílios brasileiros no ano de 2005.

Inédita no Brasil, a pesquisa sobre acesso à internet e a posse de telefone móvel celular, foi elaborada segundo metodologia que permite comparar as informações nacionais sobre o uso da tecnologia da informação e comunicação com as de outros países.

O estudo servirá de base para orientar políticas públicas do governo federal para o setor.

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