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Programa visa inclusão profissional de pessoas especiais

Terça-feira, 15 de Abril de 2003 - 14h53

Ana Paula Oliveira

O Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada (IBTA) em parceria com o Instituto Muito Especial anunciaram nesta terça-feira (15/04), o programa ACESSO, que visa a conscientização profissional e a capacitação de portadores de deficiências físicas para a área de Tecnologia da Informação.

O projeto, que está em desenvolvimento desde outubro de 2002, prevê a oferta de cursos nos períodos da manhã e da tarde, em oito laboratórios com 20 PCs cada, totalmente adaptados para receber os portadores de deficiências físicas. Os professores, coordenadores e profissionais de atendimento da unidade do IBTA, em São Paulo, que estarão em contato com os deficientes, também foram treinados para trabalhar de forma adequada com as características de cada aluno.

Inicialmente, o IBTA oferecerá dois tipos de qualificações - Formação Cisco – CCNA, com duração de seis meses, e Formação Conectiva Linux/LPI, com duração de oito meses. “Como forma de incentivo ao projeto ACESSO, o IBTA vai oferecer 50% de desconto nas mensalidades”, informa Marcos Vono gerente de Carreiras do IBTA. O programa também funcionará com o apoio do IBTA Carreiras, que, além do serviço de orientação profissional, oferece ainda apoio aos alunos no planejamento de carreira.

Além disso, os cursos do IBTA estão abertos ao patrocínio das empresas que querem qualificar deficientes que já são seus funcionários ou indicar algum deficiente para treinamento e posterior contratação. As empresas que quiserem patrocinar o projeto, mas não tem nenhuma indicação a fazer, também poderão participar do programa. “Assim, conseguimos bolsas integrais para os que não tiverem condições de pagar os 50% restantes”, explica Vono.

Ele acrescenta que as empresas patrocinadoras que contratarem estes alunos, receberão apoio e assessoria do Instituto Muito Especial e do IBTA para melhor integração dos profissionais. “Dessa forma, as empresas também terão a oportunidade de participar de um projeto de responsabilidade social com o acompanhamento do Instituto Muito Especial, aumentando a possibilidade de cumprir a legislação”.

Segundo a Legislação vigente - Artigo 93 da Lei Nº 8.213 - , as empresas que possuem cem ou mais funcionários fica obrigada a preencher de 2 a 5% de seu quadro de colaboradores com pessoas portadoras de necessidades especiais.

De acordo com Marcus Scarpa, presidente do Instituto Muito Especial, o principal objetivo do projeto é mudar o cenário negativo existente no País em relação à contratação de deficientes. “Apostamos na contratação produtiva. Na maioria das vezes, o portador de deficiência qualificado que consegue uma colocação é muito mais produtivo e empenhado que alguns de seus colegas. Ele tem nas mãos uma chance que não pode desperdiçar e é um perito na superação de desafios”, conclui.

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