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A década perdida do e-commerce B2B


“Quando olhamos para o passado e observamos as tentativas de investimento em e-Commerce B2B entre 2000 e 2010, podemos dizer com segurança que tivemos uma década perdida”. A declaração é de Steve Keifer, vice-presidente de indústria e marketing da GXS, empresa global líder em soluções de integração B2B e que opera a maior plataforma em nuvem do mundo, a GXS Trading Grid®. 
 
Segundo o executivo, durante os últimos 10 anos ocorreram diversas tentativas de revolucionar as indústrias com tecnologias B2B, mas a maioria teve apenas modestos índices de sucesso. Para defender sua tese, Keifer cita cinco exemplos vindos das indústrias de produção e das cadeias de suprimentos. São eles: XML, B2B e-marketplaces, GSDN, RFID e pagamento eletrônico. 
 
XML
 
Surgido no final da década de 1990, acreditava-se que era apenas uma questão de tempo para que o XML erradicasse o EDI. Centenas de padrões XML foram criados, mas 10 anos depois, diz Kiefer, o EDI continua sendo a principal plataforma utilizada no varejo e nas indústrias de produção e de cuidados com a saúde. “Embora o uso do XML continue crescendo, ele ainda representa apenas de 20 a 30% do total de volume de transações”, afirma. 
 
“No Brasil temos evolução no uso do XML na cadeia de Supply Chain com a adoção do padrão XML para a Nota Fiscal Eletrônica pelo governo braslieiro e já temos outras transações que estão migrando para o padrão XML, mas o EDI ainda é dominante”, complementa o diretor de marketing e produtos da GXS, Paulo Crapina.
 
B2B e-marketplaces
 
Ainda no final da década de 90, B2B e-marketplaces, como E2open, Covisint e Exostar foram criados. Com revolucionárias capacidades, como ações de reverso, descoberta de fornecedores e contratos eletrônicos, esses mercados prometiam transformar a cadeia de suprimentos para sempre. “Mas a maioria dos mercados públicos e de consórcios faliu. Mais de 1300 foram lançados, mas menos de 50 existem hoje”, afirma Keifer. 
 
Para Crapina, o que pareceria ser uma evolução para o mercado B2B realmente não evolui e não temos no Brasil ações que convergam para os e-marketplaces.
 
GSDN
 
A “Global Data Synchronization Network” (GDSN) surgiu em 2004 e prometia acelerar a introdução de novos produtos, reduzir as discrepâncias de faturamento e eliminar problemas de logística nas cadeias de suprimentos. 
 
“Mesmo com o crescimento do B2C (business to consumer) e das compras por celular, a adoção dos serviços de GDSN permanece muito além das expectativas depois de oito anos do lançamento”, destaca Keifer. 
 
O GDSN deve evoluir principlamente nos países que adotam a integração fiscal como o Brasil. A equalização das informações logísticas e tributárias dos produtos entre fornecedores e clientes tornou-se mais que necessária e sim uma obrigação para evitar diferenças nas Notas Fiscais emitidas entre emissor e receptor. “No Brasil o GDSN está evoluíndo e temos o objetivo de torná-lo uma ferramenta de massa para todos os tamanhos de empresa e setores do varejo”, revela Crapina.
 
RFID
 
O RFID prometia revolucionar os produtos de consumo e as cadeias de suprimentos do setor farmacêutico. Contudo, o vice-presidente da GXS afirma que, nos oito anos seguintes, o RFID foi adotado apenas de forma modesta e, principalmente, no setor público. 
 
“Enquanto isso, o código de barras que a RFID se destinava a substituir tem crescido e se difundido cada vez mais entre os processos empresariais e de consumidores”, afirma Keifer. 
 
Paulo Crapina destaca que no Brasil existe uma difusão ainda pequena no setor público para controle de estoque de produtos, mas o custo ainda não nos permite a utilização em escala nos produtos do dia a dia. Segundo ele, a nacionalização dos componentes e software pode ser o impulso para adotarmos o RFID que terá reflexo no processo de Supply Chain e venda ao consumidor com rápidez no recebimento, inventário e check out de produtos.
 
Faturas eletrônicas
 
Steve Keifer destaca que, nos últimos anos, diversos vendedores de tecnologia lançaram produtos de facturação eletrônica, apesar desta não ser uma ideia nova. Keifer ressalta as baixas receitas obtidas pelos investidores. “Poquissímos tiveram mais de U$ 10 milhões de receita. Analistas da indústria indicam que o mercado de 30 anos de facturação electrónica só chegou a US$ 100 milhões por ano”, diz Steve Keifer.  
 
“O Brasil tem respeito mundial no mercado financeiro pelos seus processos e controles, com destaque para a automação dos processos, onde temos uma evolução distinta em relação ao resto do mundo devido à padronização e integração entre os bancos, permitindo que aqui a fatura eletrônica seja uma realidade no mercado financeiro brasileiro”, enfatiza o diretor de marketing e produtos da GXS no Brasil, Paulo Crapina.
 
A íntegra do texto original em inglês “The Lost Decade of B2B e-Commerce”, de Steve Keifer, pode ser lida em http://www.gxsblogs.com/keifers/2012/03/the-lost-decade-of-b2b-e-commerce.html.
 
Sobre a GXS
 
A GXS é líder em soluções de integração B2B e opera a maior plataforma em nuvem do mundo, a GXS Trading Grid®. Nossos softwares e serviços auxiliam mais de 400.000 empresas, incluindo mais de 75% das empresas da Fortune 500 e 23 dos Top 25 supply chain, a ampliar a rede de parceiros, automatizar processos de recebimento, gerenciar pagamentos eletrônicos e melhorar a visibilidade da cadeia de abastecimento (supply chain). O GXS Managed Services, nossa solução para melhorar as operações de integração B2B, combina a plataforma Trading Grid, com processos padronizados e um time global para gerenciar a operação da sua companhia com os seus parceiros de negócio. Baseada em Gaithersburg, Maryland, a GXS possui operação direta em 20 países, inclusive o Brasil, empregando mais de 2.300 profissionais. Para mais informações, visite www.gxs.com.br, acesse nosso blog http://gxsblogs.com, siga-nos no twitter em http://twitter.com/gxs e acesse nossa rede no linkedIn http://www.linkedin.com/company/gxs. 

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