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Brasileiros e mexicanos preferem internet à TV

De Advertising Age

O número de internautas latino-americanos, vorazes consumidores de mídia social e vídeo online, continua crescendo rapidamente. Segundo nova pesquisa da Forrester Research, a penetração da internet no Brasil e no México, hoje é respectivamente 47% e 38%, deverá atingir 57% e 48% em 2016.

As projeções otimistas, divulgadas nesta quarta-feira, 14, refletem o atual empenho dos governos dos dois países para estimular a adesão online. No Brasil, um plano de banda larga nacional vem sendo implantado há anos via parcerias com as teles, com o objetivo de levar o acesso a áreas remotas do País. Já o México anunciou em janeiro a licitação das linhas estatais de fibra ótica para apressar a expansão da banda larga.

Em novembro passado, a Forrester entrevistou 4.020 internautas adultos (com 16 anos ou mais) de 22 grandes cidades do Brasil e México para avaliar os hábitos de consumo de mídia, e verificou que o tempo de navegação na internet é quatro vezes maior do que o dedicado à TV offline: os brasileiros passam 23,8 horas semanais na web, contra 6,2 horas assistindo TV, enquanto os mexicanos dedicam 24,7 horas à internet e 7 horas à TV.

Os dois grupos pesquisados são igualmente adeptos da mídia social, sendo que 89% dos brasileiros reportaram visitas regulares às redes sociais, comparados a 88% dos mexicanos. Mas, enquanto 86% destes visitam o Facebook ao menos uma vez por mês, a lealdade dos brasileiros é mais difusa -- 81% frequentam o Facebook, e 63% o Orkut, do Google.

Em termos de consumo de vídeo online, brasileiros e mexicanos são semelhantes: 86% e 83%, respectivamente, assistem vídeo online em canais como o YouTube. Mas a proporção dos que costumam criar seu próprio conteúdo é significativamente maior no México do que no Brasil (28% contra 16%).

A maior diferença entre brasileiros e mexicanos está no uso de smartphones, dado que os altos impostos de importação dos aparelhos e o alto custo dos planos de dados historicamente os tornaram proibitivos no Brasil (um relatório de 2009 da Nokia Siemens revelou que o custo total de um celular com acesso a dados no País, de US$ 225 mensais, era o mais alto do mundo). Mas isso parece estar mudando, segundo pesquisa divulgada em agosto passado pelo Grupo.Mobi em parceria com a agência digital W/McCann. O estudo indicou na época que, de 19 milhões de smartphones ativos no mercado brasileiro, 50% haviam sido adquiridos nos seis meses anteriores. Atualmente, observou Roxana Strohmenger, analista da Forrester e autora da pesquisa, “começamos a ver versões clonadas de smartphones da Ásia entrando no mercado brasileiro para compensar o custo exorbitante dos BlackBerries ou iPhones”.

Segundo a Forrester, apenas 40% dos internautas brasileiros acessam a web móvel, comparados a 55% no México. Uma análise mais aprofundada revela um gap ainda maior: 41% dos mexicanos (contra 24% dos brasileiros) usam seus mobiles diariamente, navegando cerca de 4,5 horas por semana (2,2 horas no Brasil).

A tendência de crescimento do mercado mobile brasileiro deverá beneficiar particularmente os games sociais, que deverão movimentar US$ 238 milhões em 2014 (contra US$ 136 milhões em 2011). Os anunciantes estão aderindo, aponta a pesquisa. Um exemplo recente é o da Coca-Cola Brasil, que se aliou à Quepasa Games para inserir produtos em seu popular jogo “Cidade Maravilhosa: Rio”.

Confira aqui os dados disponibilizados pela Forrester.