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Entrevista com André Gugliotti

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Apresente-se por favor:

André Gugliotti, 32, profissional que saiu da engenharia civil e desde 2004 trabalha com web. Em 2007, voltei meu olhar para o comércio eletrônico, especialmente o software Magento Commerce, e mais recentemente agregando conhecimentos em marketing digital, sendo certificado Google Adwords.

O que levou você a gostar de trabalhar com tecnologia? Conte um pouco como foi o início dessa paixão e da sua carreira.

Sempre me dei bem com informática, embora não era – e ainda não sou – fanático por tecnologia. Em 2003, quando o Lula assumiu a presidência, o mercado estava estremecido e péssimo para quem estava na área da construção. Eu tinha uma base de sites e vi uma oportunidade de desenvolver um portal de conteúdo para a cidade de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. A partir daí fui aliando a minha experiência empreendedora à TI e conquistando clientes, primeiro em sites, depois em lojas virtuais e hoje, já no Rio Grande do Sul onde moro, em consultoria.
Desde o começo também tinha uma visão de que com um negócio em internet, eu poderia atender clientes fora da minha localização geográfica – o mundo era o limite –, o que daria mais segurança e que de fato aconteceu. É estranho pensar que hoje eu faço o que gosto, mas fui colocado nessa carreira por uma questão de mercado e oportunidades.

Que tipo de atividade você desenvolve atualmente e onde?

Sou consultor em comércio eletrônico e marketing digital, especializado no software Magento Commerce. Meu trabalho consiste em auxiliar empresas que queiram entrar no mundo virtual – ou empresas que queiram aprimorar suas operações eletrônicas – levantando dados, traçando cenários, pensando na melhor forma de implantar sua loja virtual, seus produtos, páginas e auxiliando nos primeiros meses de operação, buscando potencializar os resultados.
Hoje meu principal cliente é a Maguis, de São Leopoldo, RS, empresas de soluções em software livre que acreditou no Magento e me incumbiu de estruturar uma “divisão Magento” dentro da empresa. A minha grande missão é treinar e orientar as equipes técnica e comercial, direcionando os negócios que digam respeito a lojas virtuais e marketing digital e terminando por se tornar uma empresa Certificada Magento até o final de 2012.

Na sua opinião, quais as maiores dificuldades que os profissionais que trabalham com web encontram no Brasil? E como você vê o mercado digital brasileiro? Onde ele pode melhorar?

Vou dar uma opinião de quem não é da área técnica, vamos chamar assim; não sou do desenvolvimento ou da programação. Saí de uma área diferente – a única similaridade é que a engenharia está em ambas as áreas, seja na civil, seja na eletrônica – e tive que aprender quase tudo sozinho, buscando em livros, apostilas, tutoriais, documentações e mais recentemente em vídeos, podcasts, screencasts e webinars.

São três as dificuldades: uma, é a barreira do idioma, já que a maior parte do material está em inglês. A segunda é a qualidade do material: há muita coisa, muito material disponível, mas imagino que os de qualidade não chegam a 10%. E normalmente, esse conteúdo não é gratuito – e nem poderia ser. Por último, a capacidade de abrir a cabeça e pensar fora da matemática. Comércio eletrônico não se aprende com contas simples. É preciso ter disposição para ler estatísticas, acompanhar padrões e tendências e em cima delas raciocinar da maneira mais aberta possível.

Qual a importância de se fazer presente através de perfis nas redes sociais?

Confesso que não sou assíduo das redes sociais, apesar de ter contas no Facebook, Orkut, Linkedin e Twitter, mas elas são como a praça das cidades do interior. É preciso apenas cuidado para não exagerar, pois não adianta ter um perfil e nunca atualizar ou não se relacionar com seus amigos. Também acho que não adianta estar inscrito em 300 comunidades e nunca interagir nelas. Além disso, a tendência é cada vez mais forte para que essas redes se constituam no principal meio de comunicação entre as pessoas.

Pras empresas, a regra é a mesma. É preciso ter bons perfis, “reais”, que reflitam a cultura e comunicação daquela empresa, e que não pode em hipótese alguma ser abandonada. Redes sociais são pessoas, são potenciais clientes e que devem ser ouvidos, conhecidos e bem atendidos em lojas virtuais.

Qual livro, artigo ou blogs você indica? Por quê?

É claro que o primeiro blog que eu recomendo é o meu: www.andregugliotti.com.br, onde escrevo sobre comércio eletrônico e marketing digital, com o foco em Magento Commerce. Para aqueles que querem se aprimorar no Magento, recomendo que assinem o Magento Blog, no próprio site do Magento Commerce, bem como estudem a documentação oficial do software, em inglês.

O que você achou do Blog Jornal do E-Commerce? O que você gostaria de ler mais?

Acompanho o Blog Jornal do E-Commerce há um bom tempo – os posts já caem direto no meu Google Reader – e sempre tem conteúdo relevante sobre comércio eletrônico, de um modo bem abrangente. É interessante também que sempre sai algo que foi publicado em outros portais, jornais, blogs, facilitando a vida de quem lê e dando sugestões de outros sites interessantes.

Considerações finais:

Eu agradeço o convite para essa entrevista e coloco o quanto acho importante o desenvolvimento e a integração entre os profissionais da área de comércio eletrônico, ainda mais aqueles que se especializaram em Magento Commerce. Nós temos na mão um excelente software, que vai crescer muito mais e que precisará de profissionais e técnicos competentes para dar suporte às muitas lojas que serão baseadas nele. A janela de oportunidades ainda está aberta e quem quiser investir nessa área ainda tem muito campo para semear e é claro, colher.

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