Fonte: Agência Sebrae
Auditórios sempre cheios de empresários e interessados em conhecer e aderir ao comércio eletrônico, tanto em capitais como em cidades do interior. Informações e conhecimentos sobre equipamentos, hospedagem de sites, meios de pagamento, segurança, contratação de banda larga, sistemas antifraude são alguns dos temas apresentados por representantes e peritos das principais empresas de tecnologia da informação (TI) e fornecedores de serviços de telecomunicações do País.
Assim são os seminários do Ciclo E-Commerce, realizado, há sete anos, pelo Sebrae em parceria com os Correios e executado pela Câmara Brasileira E.Net em várias regiões do Brasil. A participação nos eventos é sempre gratuita.
" Nosso objetivo é apresentar soluções e o comércio eletrônico para as micro e pequenas empresas (MPE)", explica Eraldo Ricardo dos Santos, analista da Unidade de Acesso a Mercados, do Sebrae. Em 2010, foram realizados 21 seminários em 12 estados, abrangendo 20 cidades nas cinco regiões brasileiras, com a participação de aproximadamente 5 mil pessoas. Ao longo de sete anos do ciclo, estima-se que mais de 20 mil pessoas participaram dos seminários, sendo que 90% delas eram empresários de pequeno porte.
Democratização
"O comércio eletrônico ainda está muito concentrado nas regiões mais ricas do País e é preciso 'democratizar' a adesão dos pequenos negócios de todas as localidades à plataforma on line", argumenta Eraldo. "Setenta por cento das empresas que praticam o comércio eletrônico estão concentradas nos estados do Sul e Sudeste. O Sebrae acredita que é necessário disseminar esse conhecimento de forma mais democrática e equilibrada por todo o País", enfatiza.
As respostas dos pequenos negócios aos seminários não são imediatas, acrescenta. Considerando a audiência nos eventos, fica evidente que o comércio eletrônico interessa muito aos empreendedores brasileiros. Durante os seminários, que geralmente ocorrem em auditórios de associações e instituições parceiras, eles podem adquirir equipamentos, contratar banda larga, hospedagem de sites, etc.
"Ensinamos como entrar e participar do comércio eletrônico", resume Gerson Rolim, diretor da Câmara Brasileira E-Net. A próxima etapa do Ciclo MPE.Net será iniciar pesquisa de série histórica para acompanhar os resultados dos seminários e o crescimento do comércio eletrônico no Brasil, adianta ele. "Ainda não existe no País uma metrificação científica sobre a participação MPE e médias empresas no comércio eletrônico", informa Gerson.
Pesquisa
De acordo com pesquisa recente, realizada pela Câmara E-Net e do E-Bit, em 2010 o faturamento do comércio on line no País deve ter atingido R$ 15 bilhões, ou 40% a mais do que em 2009. Vinte e três milhões de consumidores compraram via internet, segundo estimativa das duas instituições, ante 17 milhões em 2009. Oitenta por cento do faturamento do comércio eletrônico está relacionado com as 20 maiores redes varejistas brasileiras. "É bastante concentrado, ainda", comenda o diretor da Câmara E-Net.
Os 20% restantes são relativos às transações das MPE. "O que não está metrificado é o comércio eletrônico gerado pelos pequenos negócios", esclarece. "Também precisamos saber quem são os 23 milhões de consumidores digitais. Como os participantes dos seminários estão utilizando as informações recebidas em seus negócios? Qual é o faturamento dos negócios virtuais das MPE e médias empresas?", exemplifica Gerson. Em 2011, essas respostas poderão ser reveladas por pesquisa a se realizada pelo Sebrae e Câmara E-Net, segundo ele.
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