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Comércio Eletrônico é sobre Produtos, Comércio Social é sobre Pessoas

No final de 2009, todos os especialistas apontavam o Comércio Eletrônico Social como a grande tendência do ecommerce para 2010. 

Na verdade, o comércio eletrônico social é uma promessa antiga. A primeira vez que eu vi uma ferramenta de comércio eletrônico social foi na própria Ikeda. O ano era 2001, o Ricardo Ikeda me chamara ao seu escritório para me mostrar um software novo que ele havia criado e acreditava que tinha um grande potencial. O software se chamava Web Viva. O Web Viva permitia que os visitantes de um web site pudessem conversar on-line com outros visitantes do mesmo web site.

O Web Viva não pegou. Não havia qualquer sinal de mídias sociais na internet, muito menos sinais da web em tempo real. A idéia era fantástica mas simplesmente muito avançada para a sua época. 

Quase uma década depois do Web Viva, você começa a ver os  conceitos do Web Viva fazendo parte do comércio eletrônico. 

2010 promete muito em termos de Comércio Eletrônico Social. Afinal tá mais do que na hora de conhecermos alguma novidade em ecommerce. Se você parar para analisar, pouca coisa evoluiu nos últimos anos. Enquanto a web social tem demonstrado um grande poder de inovação, o comércio eletrônico tem inovado muito pouco. A grande maioria das operações de comércio eletrônico não passam de operações de venda por catálogo adaptadas aos meios eletrônicos com pouca ou nenhuma inovação no processo comercial.

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De fato, as mídias sociais já estão mudando a cara do comércio eletrônico há muito tempo. Seis de cada dez tweets publicados no Twitter citam a marca de alguma empresa. 92% das mães americanas acreditam mais nas resenhas dos clientes publicadas nas lojas virtuais do que na informação oficial do fabricante. Mais de 50% do marketing boca-a-boca gerado na internet é criado por pessoas com objetivo de ajudar outras pessoas a comprar. O terreno da web social está mais do que consolidado para a chegada do comércio eletrônico social. 

Alguém aqui tem coragem de comprar alguma coisa de algum vendedor do Mercado Livre que não tem uma dezena de resenha favoráveis a seu respeito?

O grande desafio das operações de comércio eletrônico é criar um ambiente tão favorável a participação dos consumidores quanto a Facebook ou Twitter. 

É difícil, mas é possível. 

A Charlotte Russe, por exemplo, vem utilizando com sucesso o comércio social há mais de 1 ano para aproximar os seus clientes. No rodapé da loja virtual da Charlotte Russe você encontra a ferramenta de comércio social onde os visitantes podem interagir com outros visitantes, compartilhar itens, e aproveitar os descontos que a loja dá para os clientes que compram produtos juntos. 

Enquanto as iniciativas de comércio social por parte dos varejistas online são raras, pipocam na web 2.0 as ferramentas de comércio social para fazer o trabalho que as lojas virtuais estão deixando de fazer. 

Na ThisNext, por exemplo, você pode recomendar produtos que você gosta, seguir recomendações de outros compradores, e ainda promover as suas recomendações em outros sites. A Stylehive, por outro lado, oferece os mesmos recursos da ThisNext com foco em produtos da moda fashion, além de contar com as recomendações de editores e blogueiros do site. 

Kaboodle é outra opção similar a ThisNext, e a Stylefeeder mostra em um único lugar a recomendações de milhares de pessoas sobre centenas de milhares de produtos de milhares de lojas virtuais. A StyleFeeder foi recentemente adquirida pela Times Inc para se tornar a ferramenta de comércio social para as leitoras das suas publicações de moda. 

Outras fantásticas ferramentas de comércio social são a Blippy - uma espécie de Twitter do comércio social, e  a WhosRich.me que permite a você acompanhar os hábitos de compras de amigos referentes a determinados produtos. 

Uma coisa é certa, o comércio como vem sendo feito há 5 mil anos não tem mais nada a ver. Lojas com produtos expostos não agregam o valor que os clientes procuram. Na confusão de informação em que vivemos hoje as lojas precisam ajudar os clientes a decidir suas compras. Com a falta de mão de obra para produção de conteúdo suficiente para ajudar o cliente a decidir, as lojas virtuais tem a oportunidade de usar a mão de obra dos próprios clientes. 

Depois de séculos de estagnação, estamos frente a frente com a grande mudança de página da história do comércio. 

Vamos que vamos!

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